terça-feira, 24 de maio de 2011

REFLETINDO...

“A avaliação da aprendizagem não é tirana da prática educativa. A avaliação da aprendizagem, por ser avaliação, é amorosa, inclusiva, dinâmica e construtiva. A avaliação inclui, traz para dentro; os exames selecionam, excluem, marginalizam.”


Esta citação representa a realidade vivida no espaço escolar avaliativo da atualidade. Para alguns educadores a avaliação deixou de ser um ícone de castigo e passou a ser vista como um instrumento de auto avaliação do próprio desenvolvimento de competências e habilidades, ou ainda, de capacidades e potencialidades. A avaliação passou a ser uma aliada de alunos e professores. Através da avaliação pode-se perceber o quanto o aluno apreendeu e o quanto o professor conseguiu expressar-se para que o aluno compreendesse o que fora explicado.
Mas alguns professores ainda permanecem no método de examinar o que o aluno decorou e apresentou em uma prova aplicada. O professor não possui a consciência de que se a maioria dos alunos forem mal a “culpa” é dele e não dos alunos. Muitos professores ainda vivem na era tradicional, na qual o professor é o ditador e os alunos os seus inimigos.
Por isso é fundamental a formação continuada de todos os professores, principlamente os que acreditam que a educação não é um espaço de interações, mas sim um espaço de “extermínio da liberdade de expressão”. Através da formação continuada os professores percebem as diferenças que estão acontecendo ao longo dos anos e percebem o quão importante é realizar/participar dessas mudanças.
A solução está nas mãos dos professores. Basta querermos mudar e colocar a “mão na massa”.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

AVALIAÇÃO X ATUALIDADE

Sabe-se que tradicionalmente a avaliação era vista como um ato crucial, na qual os objetivos eram promover o aluno e não a aprendizagem. Sendo que a mesma conferia a atribuição de notas, analisando a sua trajetória histórica. Solicitando qual a metodologia mais eficaz de avaliar na atualidade a professora B escreveu


Devemos realizar a avaliação no sentido amplo. A avaliação (nota) é contra indicada como único instrumento para decidir sobre a aprovação ou reprovação do aluno. O seu uso somente para definir a progressão do aluno pode ser entendida ou vista como descompromisso. A decisão de aprovação e retenção do aluno exige do coletivo da escola uma análise das possibilidades que essa escola pode oferecer para garantir um bom ensino. A avaliação escolar também é contra indicada só para fazer diagnóstico sobre a personalidade do aluno, pois sua abrangência limita-se aos objetivos do ensino do programa escolar. Uma avaliação mal feita, exclui o aluno causa danos em seu auto conceito, impede que ele tenha acesso a um conhecimento sistematizado e, portanto restringir a partir daí suas oportunidades de participação social. Devemos avaliar sim e cada vez mais, mas como forma de repensar, rever metodologias, conteúdo, formas de trabalho, realidade social, econômica, cultural para a partir daí mudar e adequar a “realidade” e a nossa clientela “aluno”.


                Ou ainda, como complementa a professora A, “a avaliação deve ser contínua, avaliando o que o aluno conseguiu absorver ao longo do tempo, onde o professor deve assumir seu papel de transmissor do seu conhecimento.” Para que ele consiga ser um mediador do conhecimento/saber é de suma importância que conheça a realidade dos seus educandos, para que depois possa perceber os porquês de seu comportamento/aprendizagem (Professor D). Percebido o motivo de algumas reações e/ou atitudes frente a algumas atividades, o professor pode modificar o seu planejamento e criar atividades diferenciadas para este aluno, tornando a sua avaliação mais humanizadora.
          Humanizadora no sentido de perceber “que há um ser humano incutido no aluno que está em sala de aula, que traz uma bagagem histórica, cultural e existencial. Aquele que não avalia desta maneira o aluno, estará excluindo, selecionando, rotulando, o que não faz parte de uma avaliação que valoriza e respeita o educando (Profe. E).” Conforme a professora E e F, não se pode levar em consideração somente a questão de atribuir uma nota ao aluno e sim a avaliação precisa ser de forma contínua analisando todos os aspectos que o mesmo desenvolveu ao longo do processo de ensino aprendizagem, fugindo da avaliação domesticadora e tornando-a cada vez mais humana. Valorizando as potencialidades e/ou competências e habilidades desenvolvidas no caminhar do ensino/aprendizagem.
Para complementar a valorização das competências e habilidades solicitou-se aos professores quais eram estas competências e habilidades desenvolvidas através da avaliação. A professora B colocou:


- competência e habilidade de se relacionar com o pequeno e o grande grupo;
- com as diferenças entre pessoas e situações;
- observar;
- criticar;
- criar situações novas;
- conviver e interagir diante de situações imprevisíveis;
- trabalhar todas dimensões cognitivas, metacognitiva, interativa, prática, ética, estética, emocional, corporal.


Para a professora C, algumas competências e habilidades desenvolvidas pela avaliação são:


- relacionar-se com as letras, números;
- compreensão de textos;
- leitura;
- escrita;
- desenvolver motricidade fina, ampla, motora;
- refletir e criticar sobre o que fora estudado;
- ajuda mútua.


Conforme afirma Ramos


A competência associa-se à conjunção dos diversos saberes mobilizados pelo indivíduo (saber, saber-fazer e saber-ser) na realização de uma atividade. Ela faz apelo não somente aos seus conhecimentos formais, mas à toda gama de aprendizagens interiorizadas nas experiências vividas, que constituiriam sua própria subjetividade (RAMOS apud CRUZ, 2001, p. 27).


                Ramos (2001, p. 29) continua salientando que,


A competência á a capacidade que as pessoas desenvolvem de articular, relacionar os diferentes saberes, conhecimentos, atitudes e valores, construídos por intermédio de sua vivência e por meio dos conhecimentos construídos na escola. Essa articulação e relação constroem a partir das necessidades da vida diária, das emoções e do enfrentamento das situações desafiadoras com os quais temos que dialogar.


A vivência, como reflete Ramos (2001, p. 49), é a busca de suprir a necessidade de obter alguma competência. “As habilidades, por sua vez, expressam competências”. Como reflete Ramos (2001) a habilidade é “híbrido de recursa e resultado. Quando as capacidades são colocadas a serviço da ação, competências são desenvolvidas e se tornam aprendizados interiorizados pelos sujeitos (p.49)”, transformando-se em habilidades. E assim, pode-se objetivar uma avaliação de qualidade, no qual consiga desenvolver as competências e habilidades de maneira qualitativa e não quantitativa.
A professora B, acredita muito que devemos primar pela qualidade, mas que é necessário ter objetivos bem estabelecidos e não ficar no mínimo. “A escola ou a educação oferecida na escola devem fortalecer a identidade e construir novos conhecimentos, fazendo com que as pessoas se compreendam como parte de uma turma, onde o individual/social se completem”. 
Para buscarmos melhorar esta qualidade, precisamos avaliar de maneira includente e não excludente, ou seja, sem rotular o aluno que ali se encontra. Para a professora F, a inclusão social pode acontecer através da avaliação, basta o professor elaborar uma avaliação diferente para o aluno, mas seja referente ao mesmo assunto levando em consideração tudo que aprendeu até então. Bem se sabe que hoje existem inúmeras formas de se elaborar avaliações cabe ao professor ir a busca de inovações.” E ainda, como salienta a professora E


Avaliar de forma humanizadora significa, também, incluir este aluno, uma vez que se avalia de acordo com as capacidades e evoluções do aluno, e não simplesmente que ele saiba aquilo que o professor deseje que ele saiba.  Precisa-se avaliar os alunos de maneira única e individual, respeitando as diferenças em sala de aula e os ritmos distintos de aprendizagem. Compreender o ser humano em sua totalidade e não apenas como um resultado final, e avaliá-lo dentro de suas potencialidades, conceitua-se em uma inclusão social.


           
         Pensando a avaliação como um processo humanizador, pode-se assegurar que a mesma tende a melhorar. No entanto, basta os professores ampliarem os seus horizontes e buscarem alternativas diferenciadas de avaliar. Precisamos primeiro nos avaliar e nos conhecer, para depois avaliar o nosso aluno.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

MÃE!!!


O que é ser mãe?
É amar, cuidar, idolatrar
Apreciar e sensibilizar?
Ou ainda...
...ser um ser incontestável,
Mulher digna de respeito.
Por nove meses carrega em seu ventre
Um feto, um filho desejado
Desde a barriga, a mãe cuida de seu filho
Alimenta-o, acaricia-o, canta para ele
Movimenta-se com ele, por onde quer que for.
Após nove meses,
Mostra um novo mundo para seu filho
Um mundo repleto de desafios
Mas, você mãe...
Mostra, educa, ensina a seu filho
Que tudo pode ser superado
Basta querer e lutar pelo seu sonho.
Mas, afinal quem é você mãe?
É aquela que ajuda a levantar
Depois de um tombo dizendo:
- esse é o primeiro tombo de muitos!
Instiga a caminhar, falar
Sonhar, viver com intensidade
Intensidade de experimentar e experienciar
Momentos inesquecíveis
Por tudo isso e muito mais
Gostaria de lhe dizer
Que sou “o que sou” graças a você
Pois sua persistência me fez crescer
E aprender bons modos e ser...
O espelho de sua alma e coração
Por isso exclamo:
- MUITO OBRIGADO (A)!!!
E ainda...
- EU TE AMO!!!
AUTORA: ROSILEI HECK LAUSCHNER

segunda-feira, 18 de abril de 2011

A ATUAÇÃO DO PEDAGOGO NOS ANOS INICIAIS

Há professores que dão o máximo para os alunos aproveitarem o minímo. Que tal preparar menos comida e melhorar a qualidade da refeição para que as garfadas sejam mais nutritivas? (Içami Tiba).

      Os desafios atuais enfrentados pela educação estão em constante crescimento, desafiando educadores à atualizações e transformações em sua didática diária.  Preparar-se não significa mais um mérito, mas uma necessidade para todo aquele que escolheu a carreira da docência e deseja fazer dela um amuleto de esperança, de um futuro melhor e promissor.
      Ser pedagogo(a) dos Anos Iniciais pode ser considerada uma tarefa árdua perante a realidade enfrentada com as mudanças de atitudes e pensamentos das crianças que estão na fase da alfabetização. Não se despejam conhecimentos, e, tampouco, se pede silêncio e  se leciona para uma sala de aula acreditando que todos os alunos sigam um mesmo modelo e ritmo de aprendizagem.
      Percebe-se que esta cultura tradicional está perdendo o seu espaço, para a entrada da cultura tecnológica, na qual o pensamento acelerado está fortemente presente na sala de aula. Os alunos querem sempre mais. Possuem necessidade de uma aula que os instigue a pensar e os desafios para que possam controlar as suas ansiedades e pensamentos. Conforme escreve Arroyo (2008, p. 38),
Ainda, guiados pelo imperativo ético do respeito aos educandos, como sujeitos iguais de direitos, seremos obrigados a reconhecer que o direito à educação, ao conhecimento, à  cultura e à formação de identidade não se dá isolado do reconhecimento e da garantia do conjunto dos direitos humanos.

       É a mesma maneira de dizer que os (as) precisam, além de tornar-se mediadores dos saberes, formar um cidadão que consiga conviver em sociedade. Esta que era uma responsabilidade dos pais, indiretamente foi transferida para a escola. A figura da família "lavou as suas mãos" em relação a estes cuidados para com os filhos (as). Nomeou os docentes para educarem e criarem estes discentes.
      Assim, atuar nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental reuqre Habilidades, paciência, dinamismo, criatividade, informação, conhecimento, competências e muita diversidade por parte dos(as) professores(as).  Faz-se preciso que o educando perceba que realmente quer aprender ou passar de ano. Para tanto, professor (a) deve conhecer seus alunos, saber do que gostam e como gostam que determinadas coisas sejam feitas.

Autoras: Carla Berwanger e Rosilei Heck Lauschner



segunda-feira, 7 de março de 2011

A EDUCAÇÃO FÍSICA, COMO POSSIBILIDADE DE RECREAÇÃO E MOVIMENTO NA INFÂNCIA
[1]Rosilei Heck Lauschner


Palavras – chave: Educação Física – História – Mudança – Movimento– Educação Infantil



1 INTRODUÇÃO


            Neste artigo explicito a importância que a Educação Física possui, enquanto atividade de recreação, jogos, esporte, movimento, expressão..., para um desenvolvimento psicológico, cultural, emocional e social melhor para com a criança. Esses fundamentos são essenciais para que as crianças cresçam e se desenvolvam qualitativa e quantitativamente melhor. Além de estimularem o raciocínio e o condicionamento físico para realizarem quaisquer atividades com mais precisão.
           

2 EXERCÍCIOS = NECESSIDADE VIVIDA DESDE OS PRIMITIVOS


Tudo iniciou, quando o homem primitivo percebeu a necessidade de lutar, fugir ou caçar para sobreviver. Com o objetivo de caçar e de defender-se, este criou o seu primeiro instrumento de luta e defesa, que era o arco com flechas. Instrumento que melhorou sua forma de caçar, podendo, assim, mostrar toda sua astúcia e força perante as feras (animais). Para sobreviver, o primata precisava executar os movimentos corporais mais básicos e naturais, como: correr, saltar, arremessar, subir em árvores, empurrar, puxar, entre outras.
No entanto, devemos admitir que o homem primitivo teve (mesmo que por necessidade) uma vida muito mais ativa, tratando de atividade física, do que o homem atual. Sabendo de todos os benefícios que a atividade física trás ao homem, só nos resta uma pergunta: Será que nós nos tornamos mais preguiçosos


3 HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA


3.1 NA GRÉCIA


Sem dúvida nenhuma, a civilização que mais marcou e desenvolveu a Educação Física foi a grega, através de sua cultura. Nomes como Sócrates, Platão, Aristóteles, e Hipócrates contribuíram e muito para a Educação Física e a Pedagogia, concebendo conceitos que até hoje são aceitos na relação entre corpo e alma, tudo isso, através das atividades corporais e musicais.
Os dizeres halteres, atleta, ginástica, pentatlo entre outros, são heranças gregas. As atividades sociais e físicas eram praticadas até a velhice, enchendo os estádios destinados a isso. Os gregos foram os grandes inventores do espírito olímpico
Foi na cidade de Olímpia, que surgiram os Jogos Olímpicos em homenagem aos deuses. Os Jogos Olímpicos da Antiguidade iniciaram em 776 a.C. em Olímpia, na Grécia antiga, e duraram por mais de mil anos. Os competidores eram atletas profissionais que chegavam à Olímpia um mês antes do início oficial dos Jogos para se submeter a um treinamento moral, físico e espiritual, sob a supervisão dos juízes. A premiação era somente uma coroa de ramos de Oliveira. Mas quem a merecesse, tinha direitos como lugares nas primeiras filas dos teatros ou sua alimentação paga por toda vida.  Além de tudo, eram considerados heróis.


3.2 A EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL


3.2.1 Os indígenas- No Brasil Colônia 


            Os primeiros habitantes, os índios, tinham movimentos rústicos naturais tais como nadar, correr atrás da caça, lançar com o arco e a flecha, entre outros. Nas suas tradições incluem-se as danças, cada uma com significado diferente: homenageando o sol, a lua, os Deuses da guerra e da paz, os casamentos etc.
Entre os jogos incluem-se as lutas, a peteca, a corrida de troncos entre outras que não foram absorvidas pelos colonizadores. Sabe-se, que os índios não eram muito fortes e não se adaptavam ao trabalho escravo.
Brasil Império - Em 1851 a lei de nº 630 inclui a ginástica nos currículos escolares. Obrigatoriedade da Educação Física nas escolas primárias e secundárias, tendo que ser praticadas quatro vezes por semana, durante 30 minutos.


3.2.2 Brasil República


Essa foi uma época onde começou a profissionalização da Educação Física. Os anos 70, marcado pela ditadura militar, a Educação Física era usada, não para fins educativos, mas de propaganda do governo sendo todos os ramos e níveis de ensino voltado para os esportes de alto rendimento.
Nos anos 80, a Educação Física viveu uma crise existencial à procura de propósitos voltados à sociedade. Buscavam o incentivo e à criação de programas de lazer, esporte e atividades físicas que proporcionem a melhoria da qualidade de vida do idoso e estimulem sua participação na sociedade.
No esporte de alto rendimento a mudança nas estruturas de poder e os incentivos fiscais deram origem aos patrocínios e empresas podendo contratar atletas, funcionários fazendo surgir uma boa geração de campeões.
Nos anos 90, o esporte passa a ser visto como meio de promoção à saúde acessível a todos, manifestada de três formas: esporte educação, esporte participação e esporte performance. A Educação Física finalmente regulamentada é de fato e de direito uma profissão a qual compete mediar e conduzir todo o processo.


3.2.3 A EDUCAÇÃO NA DÉCADA DE 70: ANÁLISE DA PESQUISA REALIZADA



            O professor B, que iniciou sua carreira no magistério em 1970, nos transcreve as seguintes reflexões

De lá para cá mudou muito. Mudou a forma de educar. Mudaram os métodos. Sempre gostei e amei o meu trabalho de educar. Sempre tive presente o desenvolvimento de valores para a vida. Aliás, há uma sensível diferença entre professor e educador. Professor é o que transmite conhecimento e o educador é o que prepara a criança, o adolescente, o jovem para a vida. Professor é aquele que treina. Educador é o que faz o educando ir a outro lugar, a refletir. Educador é o que possibilita uma maior consciência do educando. Claro, estas definições mereceriam um maior esclarecimento. Os métodos de hoje não são os mesmos. A forma de educar é diferente. Mudou muito com o passar do tempo. No passado, o professor era o dono da verdade. Ele é que estava certo. Ninguém ou poucos questionavam as ações do professor. Hoje, quero crer que, tanto os docentes como os discentes deveriam criar condições para o aprendizado, o que raramente acontece. Hoje, jovens concluintes do Ensino Médio, estão sem rumo, sem destino, apostando numa eventual sorte na vida. Poderia-se dizer, que quando não se planeja, não tem objetivos, não se tem planos, nunca vai saber aonde chega. Houve época não muito distante, em que os valores bons – como o respeito, afeto, compreensão, partilha, acolhida, diálogo, ternura, reconhecimento, responsabilidade, honestidade, solidariedade, entre outros, estiveram muito presentes e inserido em todo o trabalho educacional desenvolvido. Hoje, me parece, que nem as Universidades tem alguma preocupação em desenvolver valores, salvo, raras exceções. Apenas visa-se o conhecimento, a competição, a tecnologia, a produção.
Penso que, mais do que máquinas e tecnologia, precisamos de seres humanos que compreendam, que se respeitam. Mais do que inteligência, precisamos de afeição e ternura na humanidade.


            Adentrando-nos a esta profunda e chocante reflexão do educador B, constatamos que, indiferente das disciplinas existentes, a educação da contemporaneidade está preocupada em ter todas as crianças, jovens e adultos na escola. Assim visando, simplesmente, porcentagem, e não, qualidade. Acreditam, assim, que estão desempenhando um “excelente” papel. Mas será que é isso mesmo que a educação precisa? Ou será que estão tentando manter a hegemonia de poucos no poder?


4 EDUCAÇÃO FÍSICA = CONQUISTA


Segundo Bracht (2001, p. 67) “com a superação da ditadura militar e os destinos da educação mais (nem tanto) nas mãos dos educadores, era provável que a presença da Educação Física nos currículos escolares passasse a ser fortemente questionada.”
Como destaco anteriormente, na ditadura militar o corpo era preparado para as guerras ou para o trabalho braçal, com uma intensa seqüência de exercícios metodológicos (isto não quer dizer que este não esteja ocorrendo nos tempos atuais, porém com outras roupagens). Com todas essas mudanças, a Educação Física, sem o apoio governamental, necessitavam encontrar argumentos para demonstrar às escolas, que esta era algo indispensável nos projetos educacionais.
Esta disciplina estava seriamente ameaçada de ser excluída. No entanto, ao ser inserido na formulação da atual LDB (1988-1996), ela acaba se tornando parte obrigatória do currículo escolar. Desta maneira, a concepção que se tinha da Educação Física (desgaste do corpo) transformou-se ao inverso.  Em vez de desgastar o corpo, visava-se a conservação do mesmo, promovendo e mantendo a saúde através do movimento. A mesma não era mais vista como meramente uma bola e estatística de beleza e corpo, mas sim, como uma disciplina que visava ampliar o raciocínio e o desenvolvimento dos educandos, questiona-nos os Professores A e D. Através da educação corporal, havia uma enorme expectativa de buscar um novo ideal de sociedade.

A expressão corporal é uma linguagem, um conhecimento universal, patrimônio da humanidade que igualmente precisa ser transmitido e assimilado pelos alunos na escola. A ausência impede que o homem e a realidade sejam entendidos dentro de uma visão de totalidade. Como compreender a realidade natural e social, complexa e contraditória, sem uma reflexão sobre a cultura corporal humana? (Coletivo de autores, 1992, p.42).


            Fazendo nota disto, percebe-se que a Educação Física privilegia a cooperação, resgata a ludicidade, estimula o movimento expressivo, criativo e consciente, ampliando o desenvolvimento cultural, social, política, afetiva, econômica, etc (Secretaria Municipal de Educação, 2000).
            Hoje, como anuncia o professor D, a Educação Física, enquanto movimento e recreação busca uma atuação mais pedagógica, dirigida ao atendimento de indivíduos com desejos, sonhos e expectativas diversas, contribuindo para que as crianças participem de um projeto social pautado na solidariedade.


5 SELEÇÃO E ORGANIZAÇÃO DE ATIVIDADES


Na Infância, é de suma importância a escolha correta de atividades para serem realizadas. É preciso ter em mente que as crianças estão em fase de desenvolvimento físico, corporal e mental. É neste ciclo que elas aprendem a conviver em sociedade. Possuem em seus “ombros” responsabilidades de “gente grande”. Desde pequenos, precisam esforçar-se para compensar as exigências estabelecidas pela humanidade.
Assim, o educador precisa conhecer a realidade do educando, para escolher conteúdos que preencham as necessidades encontradas neste ambiente. Feito esta pesquisa, a organização das atividades torna-se mais fácil e completa.


6 OS BRINQUEDOS, AS BRINCADEIRAS E OS JOGOS NA INFÂNCIA


            "Só as crianças e os velhos conhecem a volúpia de viver dia-a-dia, hora a hora, e suas esperas e desejos nunca se estendem além de cinco minutos..." (Mário Quintana)
            Os brinquedos têm papel fundamental na vida de uma criança. Eles ajudam no desenvolvimento integral e propiciam uma gigantesca possibilidade de conhecimento. Assim sendo, as brincadeiras e os jogos abrem um leque de grande valor dentro do âmbito de aprendizagens, possibilitando, formas de se relacionar com o ambiente e, propiciar, o desenvolvimento de “n” fatores considerados essenciais para um crescimento harmonioso e saudável.
            Através de jogos e brincadeiras a criança incorpora a realidade. Segundo o COLETIVO DE AUTORES, 1992, p. 66, “quando a criança joga, ela opera com o significado das suas ações, o que a faz desenvolver vontade e ao mesmo tempo tornar-se consciente, de suas escolhas e decisões. Por isso, o jogo apresenta-se como elemento básico para a mudança das necessidades e da consciência”. Porém, é visível que as regras dos jogos e brincadeiras são flexíveis, podendo assim, pode-se mostrar as crianças que as regras da sociedade podem ser mudadas diante de críticas construtivas.
            Contudo, brinquedos devem ser selecionados de acordo com as respectivas idades das crianças, podendo ser, o momento do brincar, acompanhado por um adulto, para que a criança seja instigada constantemente a melhorar suas capacidades, enriquecendo a atividade. Desta maneira, devem-se procurar, ainda, evitar brincadeiras que alimentem a violência e/ou atos considerados inadequados.
            É por este, e muitos outros motivos, que brincar é coisa séria. Segundo a autora Nina Eiras Dias de Oliveira,

Brincar é o verbo da criança. Brincar é a maneira como ela conhece, experimenta, aprende, apreende, vivencia, expõe emoções, coloca conflitos, elabora-os ou não, interage consigo e com o mundo. O corpo é um brinquedo para a criança. Através dele, ela descobre sons, descobre que pode rolar, virar cambalhota, saltar, manusear, apertar, que pode se comunicar.
O mesmo brinquedo pode servir de fonte diferente de exploração e conhecimento. Uma bola para uma criança de 02 anos pode ser fonte de interesse com relação a tamanho, cor e para uma criança de 6 anos o interesse pode ser mais relacional: jogar e receber a bola do outro, fazer gol. (OLIVEIRA, 1999, [S.I])


            Prosseguindo com suas observações, fala da importância das brincadeiras acontecerem tanto de forma individualizada quanto em grupo (preferencialmente com crianças que tenham em média a mesma idade). Com isto, a criança consegue criar uma consciência de si mesma, pois tem a possibilidade de saber como ela é dentro de um grupo que é mais receptivo, em outro que é mais agressivo, num que ela seja líder, num outro em que é liderada, etc. Oliveira (1999, [S.I]) diria que  “lidando com as diferenças, ela amplia seu campo de vivências”.
            O brincar sempre deve ser divertido e prazeroso, e não uma tarefa a ser cumprida na infância. Portanto, o brinquedo deve estar de acordo com o interesse da criança. Ele pode conter uma série de significados para ela, mesmo que não o use, não ligue pra ele, ou, então, que ele já esteja velho e quebrado. Ele pode ser um amigo, um conforto, uma segurança.
Não há nada mais inocente na vida do que o brincar de uma criança. É uma delícia que envolve energia, vontade, capacidade,... e, principalmente, liberdade (em seus mais amplos sentidos). Brincar é mais gostoso que chocolate, mais sereno que vento, mais fascinante que o céu,... é mais tudo que tudo, pois com a brincadeira, a imaginação cria asas e a criança chega a todo lugar onde deseja estar, que o adulto não alcança. Pois como nos diz Carlos Novais (S.I), “imaginando oceano, as crianças brincam na poça d'água."

"Brincar é a maior expressão do desenvolvimento humano na infância e, por si só, é a expressão livre do que está dentro da alma de uma criança". (Fredrich Froebel)
"As crianças não têm passado,
nem futuro, e coisa que nunca nos acontece,
 gozam o presente." (Jean de La Bruyère)
6.1 A DELÍCIA DO BRINCAR DURANTE A INFÂNCIA


            O brincar na vida de qualquer criança é fundamental, independendo de sua fase, de suas vivências e experiências. É na e com a brincadeira que se desenvolvem habilidades, movimentos e capacidades que definirão o futuro adulto num todo. Para Angelotti [S.I], o


Brincar faz parte do ser criança. A brincadeira instintivamente é usada pelo bebê para descobrir o mundo. Brincando a criança descobre o mundo, como ele funciona ,aprende, se desenvolve, experimenta. Brincando a criança vai adquirindo noções espaciais, produz sons, desenvolve o cérebro para funções como a fala e o andar, auxiliando no seu desenvolvimento global. (ANGELOTTI, [S.I])


            No brincar, na brincadeira e nos jogos a criança conhece o mundo e nele se descobre. Como ela, muitas vezes, não pode contracenar no mundo adulto a seu bel prazer, usa-se da imaginação, movimento e recreação para criar o seu próprio mundo de responsabilidades e regras. Vive intensamente e utiliza-se de todos os meios para desenvolver-se e aprender na alegria e na magia.
            Percebendo claramente a importância e a delícia do brincar na vida de uma criança, educadores têm a possibilidade de usar-se desta artimanha para realizar uma aula divertida, prazerosa, criativa e que aglomere conhecimentos/aprendizados e evoluções.
            É o gosto pela brincadeira, pelo lúdico e/ou recreação que desperta na criança uma vontade exagerada e incontrolável em descobrir o desconhecido. O fantástico mundo da fantasia leva os pequenos a lugares impensáveis pelos adultos; naqueles lugares moram os sonhos, a ousadia, a busca, o querer, a persistência, ou seja, o novo.
            Ensinar a importância do movimento e recreação para uma criança é oportunizar que ame a busca pelo conhecimento. Conhecer uma criança é saber usar métodos de ensino que a façam entusiasmar-se pelo descoberto. Amar uma criança é instigar-la a se desenvolver na brincadeira. Não é simplesmente deixar brincar por brincar, mas é aproveitar a brincadeira para construir com ela união com o aprendizado.


7 A IMPORTÂCIA DO MOVIMENTO NA INFÂNCIA

         A expressão que conhecemos por movimento nos rodeia desde o nosso nascimento. A partir desta etapa da nossa vida, já começamos a interagir com o nosso corpo e o meio em que vivemos. No entanto, quanto menor for a criança, mais ela precisa ser estimulada por adultos. Assim, o movimento torna-se de suma importância na dimensão do desenvolvimento e da cultura humana. O movimento é constante, desde o nosso nascimento até a nossa morte. O que muda é a possibilidade de melhorar o controle que possuímos sobre os movimentos que perpassam diariamente o nosso corpo.
Segundo o que nos relata o Ministério da Educação e do Desporto (1998, p.15), as crianças

Engatinham, caminham, manuseiam objetos, correm, saltam, brincam sozinhas ou em grupo, com objetos e brinquedos, experimentando sempre novas maneiras de utilizar seu corpo e movimento. Ao movimentar-se, as crianças expressam sentimentos, emoções e pensamentos, ampliando as possibilidades do uso significativo de gestos e posturas corporais. O movimento humano, portanto, é mais do que simples deslocamento do corpo no espaço: constitui-se em uma linguagem que permite as crianças agirem sobre o meio físico e atuarem sobre o ambiente humano, mobilizando as pessoas por meio de seu teor expressivo.

            Todas essas formas de movimentação são originadas pelas diferentes necessidades que o ser humano possui. As crianças iniciam a engatinhar no momento, em que se sentem preparadas para tal ação ou quando sentem necessidade do mesmo. Assim, dá-se seqüência aos demais processos evolutivos da espécie humana. Tudo isso, denomina-se como cultura corporal[2]. “Desta forma, diferentes manifestações de linguagem foram surgindo, como a dança, o jogo, as brincadeiras, as práticas esportivas etc., nas quais se faz uso de diferentes gestos, posturas e expressões corporais com intencionalidade” (MEC, 1998, p. 15).
            A partir do meio em que as crianças estão inseridas, elas constroem e apoderam-se das brincadeiras, jogos, ritmos musicais, movimentos etc., existentes nesta cultura. Assim, as escolas que atendem esta faixa etária precisam oferecer um ambiente agradável, na qual, a criança possa se sentir protegida e acolhida, interagindo com o meio social e físico e, que estas tenham a oportunidade e espaço de vencer e alcançar novos desafios.

7.1 O MOVIMENTO NO PRIMEIRO ANO DE VIDA

Nessa fase, predomina a dimensão subjetiva do movimento, pois são as emoções o canal privilegiado do bebê com o adulto e mesmo com as outras crianças. O diálogo afetivo que se estabelece com o adulto, caracterizado pelo toque corporal, pelas modulações da voz, por expressões cada vez mais cheias de sentido, constitui-se em espaço privilegiado de aprendizagem. A criança imita o parceiro e cria suas próprias reações: balança o corpo, bate palmas, vira ou levanta a cabeça etc (MEC, 1998,p.21).

            Por isso é fundamental desenvolver, nesta etapa de evolução que a criança se encontra, várias capacidades. Uma destas é propiciar a ela a sensação de conhecer seu próprio corpo; explorar os diferentes sons, gestos para poderem expressar-se nas diversas interações; sentir confiança nos seus próprios movimentos motores; manusear objetos ou brinquedos de encaixe, preensão... para desenvolver melhor o seu raciocínio; entre muitas outras (MEC, 1998).
            Observando tantas etapas que as crianças precisam aprender para conquistar a sua independência, é percebível que os obstáculos são imensos, mas os ciclos de desenvolvimento são distintos. Na grande maioria, estes ciclos de evoluções não divergem muito nas crianças. Quase todas perpassam estes processos, porém o que os diferenciam é a faixa etária em que isso acontece.
            No entanto, é de suma importância que as crianças tenham este instinto de exploração. Porque é então que elas descobrem as limitações que seu corpo possui e passam a procurar formas de redescobrir estes processos. Até antes de nascerem estavam “espremidos” dentro do corpo da mãe. Conseguiam movimentar-se com facilidade, porém o espaço era pequeno e, o risco de se machucar quase inexistente. Ao saírem deste ambiente aconchegante e quentinho começam a enfrentar desafios que visam superação. Na qual, ainda, podem machucar-se e possuir dificuldade no desenvolvimento.
            Conforme a educanda C, neste inicio de existência, a criança interage e desenvolve a sociabilização. A mesma observa que as crianças necessitam de outras pessoas para a sua sobrevivência, na qual tudo gira em torno dos humanos. Que além de descobrir o seu corpo precisa aprender que a sociedade possui leis, regras, limites e, que estes precisam ser compreendidos e executados. Sendo eles competitivos ou não.

7.2 O MOVIMENTO DE UM A TRÊS ANOS

Logo que aprende a andar, a criança parece tão encantada com sua nova capacidade que se diverge em locomover-se de um lado para o outro, sem uma finalidade específica. O exercício dessa capacidade, somando ao progressivo amadurecimento do sistema nervoso, propicia o aperfeiçoamento do andar, que se torna cada vez mais seguro e estável, desdobrando-se nos atos de correr, pular e suas variantes (MEC, 1998, p.22).

Nota-se assim, que estas crianças possuem a curiosidade de conhecer, explorar, pesquisar. Desta maneira, elas não param por um segundo, mexem em tudo, procuram intensamente o novo. Porém, ao mesmo tempo em que bisbilhotam tudo que encontram na sua frente, aprendem como e quando adequar seus movimentos e gestos para o seu dia-a-dia.
Como nos relata o professor E, é nesta fase que se deve buscar desenvolver o máximo suas capacidades e/ou as habilidades motoras. Pois é proporcionando todos estes benefícios e recreações que a criança aprende a se prevenir em relação aos contratempos presenciados no dia-a-dia e aumenta o desenvolvimento psíquico motor.
Outro aspecto relativo ao desenvolvimento desta idade são os gestos simbólicos, mesmo aqueles relacionados ao faz-de-conta, quanto aos que demonstram uma função indicativa, como apontar, dar tchau, etc. No faz-de-conta as crianças, na maioria das vezes, acabam revivendo uma cena ou situação vivenciada por elas no decorrer de sua caminhada. Então, a imitação, ou seja, a reestruturação de uma situação presenciada possui uma extrema importância para o seu desenvolvimento (MEC,1998).


7.3 O MOVIMENTO DE QUATRO AOS SEIS ANOS


Nessa faixa etária constata-se uma ampliação do repertório de gestos instrumentais, os quais contam com progressiva precisão. Ato que exigem coordenação de vários segmentos motores e o ajuste a objetos específicos, como recortar, colar, encaixar pequenas peça etc., sofisticam-se. Ao lado disso, permanece a tendência lúdica da motricidade, sendo muito comum que as crianças, durante a realização de uma atividade, desviem a direção de seu gesto (MEC, 1998, p.24).

            Analisando esta fala, nota-se que nesta etapa de suas vidas, o interesse das crianças é focado para um sentido, o brincar. É através do brincar que adquirem novas experiências, sensações, sentimentos, maneiras de se comportar, enfim, é a partir do mesmo que as crianças aprendem, compreendem e suprem as suas necessidades.
            É a partir deste ciclo que a criança começa a pensar antes de agir. Relata com facilidade os fatos ocorridos e/ou que ainda vão ocorrer para as pessoas que o rodeiam. O ato de concentração, ou seja, ficar por um determinado tempo em um espaço ou lugar, aumenta gradativamente. Enfim, as suas capacidades e habilidades só tendem a aumentar conforme as crianças cresçam e se desenvolvam.


8 ANÁLISE DOS DADOS


A Professor de Educação Física, com Licenciatura Plena e Bacharelado – especialista em Treinamento Científico e Desportivo.
B Professor aposentado, que começou a trabalhar no magistério no ano de 1970.
C Estudante de Educação Física – 2° período.
D Professor Pós-graduado em Educação Física.
E Estudante e Professor de Educação Física - 6º período.
                                                                                                                                                                                                                                                           9 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

            Os dados que obtive foram através de pesquisas com professores de Educação Física, livros didáticos, via on-line e, principalmente, com observações notadas no dia-a-dia. Estas descobertas foram importantíssimas para a elaboração deste artigo, pois buscavam trazer um pouco do cotidiano vivenciado por milhares de crianças.
            Por diversas vezes, os professores manifestavam a grande insatisfação com o rumo que a Educação Física havia constituído nas décadas passadas e como ela se transformou na atualidade. Relatam na sua maioria, que hoje a Educação Física ampliou seu olhar para a Educação Infantil. Acreditam que as crianças precisam ser incentivadas desde cedo, para que cresçam saudáveis (sem visar somente a competição) e com mais disposição.

CONSIDERAÇÕES FINAIS


A expressão que conhecemos por movimento e/ou também conhecida, popularmente, como Educação Física nos rodeia desde o nosso nascimento. A partir desta etapa da nossa vida, já começamos a interagir com o nosso corpo e o meio em que vivemos. No entanto, quanto menor for a criança, mais ela precisa ser estimulada por adultos. Assim, o movimento e a recreação tornam-se de suma importância na dimensão do desenvolvimento e da cultura humana. O movimento é constante, desde o nosso nascimento até a nossa morte. O que muda é a possibilidade de melhorar o controle que possuímos sobre os movimentos que perpassam dia-a-dia o nosso corpo.
Por isso, é a partir da Educação Infantil, que educadores precisam unir-se para ampliar e desenvolver o máximo a motricidade fina e ampla destas crianças. Porém, esse processo precisa ser realizada de forma criativa e lúdica. A maneira mais divertida de aprender é brincando. É através da brincadeira que as crianças conseguem captar e entender a atividade proposta com mais precisão. Após ter sido feito esta iniciação de ampliação dos movimentos, é somente necessário prosseguir esse processo de ensino/aprendizagem. Instigar e/ou desafiar o desenvolvimento diariamente para que o alunado se interesse e procure encontrar novos horizontes.

REFERÊNCIAS


BRACHT, Valter. Saber e fazer pedagógicos: acerca da legitimidade da Educação Física como componente curricular. In: CAPARRÓZ, F. E. (Org). Educação Física Escolar: política, investigação e intervenção. Vitória: proteoria, 2001. V. 1.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1993. Coleção Magistério 2º grau série formação do professor.

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO. Projeto Educativo: diretrizes básicas para o ensino fundamental na Rede Municipal. Itajaí, 2000.

OLIVEIRA, Nina Eiras Dias de. Brincar é Coisa Séria. [S.I], 1999. Disponível em: http://www.existencialismo.org.br/jornalexistencial/ninabrincar.htm. Acesso em: 27 ago. 2008.

Secretaria Municipal de Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Caderno Metodológico de Educação Física. Itajaí: PMI/SED, 2003.

http://www.suapesquisa.com/olimpiadas/



[1]  Acadêmica do curso de Pedagogia – 5º semestre
[2]  “A expressão “cultura corporal” está sendo utilizada para denominar o amplo e riquíssimo campo da cultura que abrange a produção de práticas expressivas e comunicativas externalizadas pelo movimento” (MEC,1998, p. 15).